O Iveco Group entregou à Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad-MG) o documento Futuro em Movimento: Propostas Colaborativas para a Mobilidade Sustentável em Minas Gerais, construído em conjunto com as iniciativas pública, privada, entidades de classe e academia.

O documento, entregue em 27 de novembro, contém recomendações de medidas estruturantes para acelerar a descarbonização do transporte no estado, como adoção de combustíveis menos poluentes, renovação de frota e financiamento.

“Minas e a indústria reúnem condições únicas - estrutura logística, tecnologia, parques fabris consolidados, oferta crescente de biocombustíveis e políticas climáticas - para serem referência nacional na transição do transporte pesado. Nós, por exemplo, além de adotarmos um portfólio completo em alternativas multienergéticas, temos o maior complexo industrial do grupo no mundo, localizado em Sete Lagoas (MG). E estamos construindo um centro de distribuição em Pouso Alegre (MG). Assim, o documento vai ao encontro de todo esse potencial colaborativo dos setores”, pontua Marcio Querichelli, presidente da Iveco para a América Latina.

As propostas nasceram como uma contribuição prática e coletiva para apoiar o Estado no cumprimento de suas metas, reunindo a visão de diferentes atores da economia e da sociedade.

A iniciativa está em linha com o Plano Estadual de Ação Climática (PLAC-MG), desenvolvido pelo Governo do Estado com participação de representantes do poder público, setor privado, organizações não governamentais e sociedade civil como uma resposta estratégica aos desafios impostos pelas mudanças climáticas.

O setor de transporte pesado é um dos 12 eixos temáticos do PLAC-MG, considerando a capilaridade logística do estado, que tem a maior malha rodoviária do país.

O documento também visa contribuir com o MRV Climático, plataforma desenvolvida para apoiar a implementação do PLAC e para acompanhar o progresso das 199 metas e ações estabelecidas.

O sistema de mensuração e verificação permite monitorar, com transparência, o desempenho das políticas climáticas - inclusive metas específicas para o setor de mobilidade.

A ferramenta foi criada em parceria entre o Governo de Minas Gerais e a empresa WayCarbon Soluções Ambientais, com apoio financeiro do governo do Reino Unido, por
meio do programa UK PACT.

A adesão de Minas às campanhas globais e o desenvolvimento da platafroma MRV coloca o estado em posição pioneira na agenda climática, e mostra a região tem grande potencial de liderar a mobilidade sustentável no país.

"Ao unir inovação, responsabilidade ambiental e inclusão social dos setores público e privado, e alinhar essas ações a medidas estruturantes, avançamos no desenvolvimento de propostas concretas para acelerar a transição energética em Minas. Isso inclui a renovação de frotas e a adoção de combustíveis alternativos, por exemplo, convergindo para o futuro das próximas gerações", afirma Lucilene Carvalho, gerente de Sustentabilidade do Iveco Group.

“O governo de Minas entende como crucial a participação dos setores econômicos na construção das soluções para o enfrentamento das mudanças climáticas. O setor de transportes em especial funciona como um entre os demais da economia, seja a agricultura, seja a indústria, pois literalmente movimenta pessoas e produtos. Portanto, soluções para o transporte vão impactar positivamente toda a cadeia social do estado, gerando um circulo virtuoso de melhorias”, aponta o subsecretário de Gestão Ambiental da Semad, Diogo Melo Franco.

Futuro em Movimento - Para representar o setor privado e contribuir com as metas do estado, o Iveco Group estruturou o documento em três frentes prioritárias:

Combustíveis sustentáveis como caminho para ganho de escala; Renovação e eficiência da frota; e Ambiência regulatória e financiamentos verdes.

Outra recomendação entre as propostas é a aplicação de medidas econômicas e regulatórias, como linhas de crédito para renovação de frotas, incentivos fiscais para produção local de veículos de baixa emissão, estímulo à pesquisa e desenvolvimento e criação de mecanismos de participação empresarial no monitoramento da descarbonização.

“Para o setor produtivo, isso criaria previsibilidade para investimentos e integraria a indústria mineira ao novo ciclo da economia de baixo carbono”, finaliza.