A Scania tem fábricas na Europa e América Latina, e desde 2022 trabalha para construção de uma unidade dedicada à Ásia na região de Rugao, na China. O investimento total da montadora na região é de € 2 bilhões (R$ 12,6 bilhões).

De acordo com Christian Levin, presidente da montadora, em entrevista ao Financial Times, a ideia da Scania é conseguir competir melhor com os concorrentes, enquanto avança em tecnologia.

Para o executivo, a China consegue ter mais acordos de livre comércio que a Europa, em vários países do mundo, e essas oportunidades serão usadas para ampliação das exportações.

A ideia da montadora é que cerca de 50% da produção chinesa seja exportada para outros mercados, especialmente na Ásia e Oceania. A produção deve ser iniciada na China em outubro, após alguns atrasos anteriores.

Esse investimento concentrado é o maior da Scania em 60 anos, o que garantiu à Scania uma licença especial do Governo Chinês para operar uma fábrica própria no país. Por lá, montadoras de fora só são autorizadas por meio de joint ventures com montadoras locais, muitas delas estatais.

Além da produção de caminhões com motores a diesel, a Scania planeja ter caminhões elétricos na China, já que as vendas desse tipo de propulsão têm crescido significativamente por lá, chegando a quase 25% do total de caminhões vendidos.Peças e acessórios para caminhões

O mercado de caminhões na China é o maior do mundo. No ano passado, cerca de 900 mil caminhões pesados foram vendidos por lá, mesmo com um mercado em queda. As maiores montadoras da região são estatais, dominando cerca de 60% do mercado.

A Scania tem previsão de produzir até 50 mil unidades por ano na China, e espera conseguir uma boa fatia do total do mercado com caminhões premium, cada vez mais buscados por lá para atender aos motoristas com mais conforto e sofisticação.