A Craft Engenharia está aplicando mistura asfáltica morna no recapeamento de 10,3 km da rodovia RJ-111, entre os bairros de Tinguá e Monte Castelo, no município de Nova Iguaçu (RJ). Entre as vantagens apontadas pela empresa, estão economia de energia e menor emissão de gases poluentes.

Conhecida também como "massa morna", a mistura asfáltica morna é o nome dado ao CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente) usinado a temperatura abaixo dos 140°C, que representa 40ºC a menos que a temperatura convencional, geralmente aplicada na faixa de 170ºC e 177ºC. "A temperatura abaixa porque o ligante do CBUQ recebe uma mistura de amida", explica Demetrio Perez Junior, gerente comercial da Craft Engenharia.

De acordo com Perez Junior, justamente por essa redução de temperatura, o tempo de usinagem também é menor, o que diminui o consumo de combustível. Segundo a empresa, a massa morna diminui o envelhecimento do ligante asfáltico, conservando sua capacidade elástica por mais tempo e, portanto, sua resistência à fadiga.

O custo, por sua vez, ainda é equivalente ao método convencional. "O custo dessa produção está equiparada ao asfalto convencional porque, apesar do aditivo ainda ser caro, gasta-se menos combustível na usina asfáltica", afirma o gerente comercial. "Mas a grande questão do produto não é o preço e sim as vantagens ambientais", finaliza.

A produção da mistura asfáltica morna é feita na própria usina gravimétrica da Craft. A obra de recapeamento foi encomendada pelo DER-RJ (Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio de Janeiro).