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Consórcio responde por um em cada quatro caminhões vendidos no Brasil em 2025

No total, os consórcios de veículos pesados – que englobam caminhões, máquinas agrícolas, implementos, ônibus, embarcações e aeronaves – movimentaram R$ 33,54 bilhões de janeiro a agosto, alta de 13,7% frente ao mesmo período de 2024

Transporte Moderno

30/09/2025 13h55

Em um cenário de crédito caro e seletivo, o consórcio consolidou-se como uma das principais formas de aquisição de veículos pesados no Brasil em 2025.

De janeiro a agosto, aproximadamente um a cada quatro caminhões vendidos no país teve origem em contemplações, segundo levantamento da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC).

No período, foram 25,7 mil cotas de caminhões contempladas, o equivalente a 26,1% das 98,4 mil unidades comercializadas, de acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

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Em um cenário de crédito caro e seletivo, o consórcio consolidou-se como uma das principais formas de aquisição de veículos pesados no Brasil em 2025.

De janeiro a agosto, aproximadamente um a cada quatro caminhões vendidos no país teve origem em contemplações, segundo levantamento da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC).

No período, foram 25,7 mil cotas de caminhões contempladas, o equivalente a 26,1% das 98,4 mil unidades comercializadas, de acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Embora o número de novas adesões tenha recuado 17,4% no acumulado do ano – de 66,2 mil em 2024 para 54,7 mil em 2025 –, o setor registrou forte avanço nos valores movimentados.

O volume de créditos comercializados subiu 13,6%, para R$ 13,75 bilhões, e o tíquete médio praticamente dobrou em agosto, de R$ 191,6 mil no ano passado para R$ 401,4 mil neste ano, crescimento de 109,5%. O aumento reflete principalmente a maior participação das máquinas agrícolas dentro da categoria de pesados.

No total, os consórcios de veículos pesados – que englobam caminhões, máquinas agrícolas, implementos, ônibus, embarcações e aeronaves – movimentaram R$ 33,54 bilhões de janeiro a agosto, alta de 13,7% frente ao mesmo período de 2024. As contemplações somaram 62,7 mil, com R$ 15,66 bilhões em créditos liberados, avanço expressivo de 48,2%.

Caminhões respondem por 41% das adesões - A nova metodologia de divulgação adotada pela ABAC a partir de julho trouxe maior clareza sobre a composição desse segmento.

As máquinas agrícolas responderam por 51% das adesões, caminhões por 41% e os demais bens, como implementos rodoviários e ônibus, por 8%. No recorte específico das máquinas agrícolas, as contemplações alcançaram 31,9 mil consorciados, equivalentes a R$ 7,99 bilhões em créditos liberados, aumento de 48,3% na comparação com 2024.

“Mesmo em um ambiente desafiador, com juros elevados e menor apetite do setor bancário por financiar veículos pesados, o consórcio se fortalece como alternativa planejada para renovação e expansão de frotas”, afirma Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC.

O número de participantes ativos em consórcios de caminhões alcançou 369,9 mil em agosto, alta de 8,6% em relação ao ano anterior. Para a entidade, esse dado confirma a resiliência da modalidade.

Nos demais setores automotivos, o desempenho também foi relevante. De janeiro a agosto, as contemplações de consórcio responderam por 32,1% das vendas de automóveis e utilitários leves no Brasil, além de 31,1% das motocicletas comercializadas no período. No total, o sistema de consórcios contabilizou 12,09 milhões de participantes ativos até agosto e movimentou R$ 313,3 bilhões em negócios, 21,2% acima de 2024.

“O consórcio é um mecanismo de autofinanciamento genuinamente brasileiro e que se consolidou como pilar de acesso ao crédito em diferentes segmentos. A disciplina no pagamento e a ausência de juros embutidos explicam a expansão da modalidade, sobretudo em um cenário de incertezas econômicas e crédito caro”, diz Rossi.

Essa modalidade de aquisição permite planejamento financeiro de longo prazo e não cobra juros – apenas taxas administrativas, informa a ABAC. Além disso, os participantes têm acesso ao crédito integral desde o início e podem concorrer a sorteios mensais ou oferecer lances para antecipar a contemplação do bem.

A espera pelo caminhão - O processo de contemplação, porém, pode levar tempo, especialmente para quem depende apenas dos sorteios mensais. Conforme a ABAC, o tempo médio de duração dos grupos de consórcio é de 100 meses, podendo chegar a 120 meses, ou seja, até 10 anos para a aquisição de um caminhão.

Além disso, diferente de investimentos tradicionais, como poupança ou aplicações financeiras, o dinheiro pago mensalmente em um consórcio não gera rendimentos diretos. Algumas modalidades incluem taxas administrativas, fundo de reserva e seguro, o que eleva o custo total. A inadimplência pode levar à exclusão do participante, com perda dos valores pagos.

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