Assessoria de Imprensa
22/09/2025 11h37 | Atualizada em 22/09/2025 11h48
Segundo os especialistas do 2º BW Fórum, realizado no dia 18 de setembro, as concessionárias têm investido em soluções sustentáveis para pavimentação como RAP (Reclaimed Asphalt Pavement) e asfalto borracha, entre outras.
“A primeira contribuição em prol da sustentabilidade está associada à capacidade de entregar um pavimento de boa qualidade e manter essa qualidade ao longo de vida da concessão”, disse Marco Antônio Giusti, diretor executivo da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).
“Além disso, outra tendência crescente é o uso de solu&c
...Segundo os especialistas do 2º BW Fórum, realizado no dia 18 de setembro, as concessionárias têm investido em soluções sustentáveis para pavimentação como RAP (Reclaimed Asphalt Pavement) e asfalto borracha, entre outras.
“A primeira contribuição em prol da sustentabilidade está associada à capacidade de entregar um pavimento de boa qualidade e manter essa qualidade ao longo de vida da concessão”, disse Marco Antônio Giusti, diretor executivo da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).
“Além disso, outra tendência crescente é o uso de soluções que minimizem as intervenções, com o mínimo possível de interrupção, visando manter a fluidez”, destacou o diretor, citando tecnologias como os pórticos Free Flow.
Investimentos – Giusti mostrou que os investimentos nas rodovias concedidas à iniciativa privada saíram do patamar de R$ 14,5 bilhões em 2021 para R$ 21,5 bilhões em 2024.
Já a extensão da malha concedida cresceu 60% em 10 anos, com previsão de chegar a mais de 31 mil km neste ano.
Além disso, o diretor apresentou estudos feitos por concessionárias com utilização de RAP, reaproveitamento e reutilização de material fresado, incorporação de resíduos de construção civil (RCC), borracha asfalto e uso de aditivos RoadCem em pavimentos semirrígidos, com benefícios "comprovados seus benefícios ambientais e de qualidade, durabilidade e resistência do pavimento".
Fresado – O Grupo EPR, que conta com seis concessionárias que administram mais de 3 mil km de rodovias concedidas em Minas Gerais e Paraná, é uma das empresas que vêm atuando para reduzir os custos e diminuir o impacto ambiental nas operações.
Uma das soluções aplicadas pela concessionária é a reutilização de material fresado, destacada no BW Fórum.
Até 2030, a estimativa é de um volume total de cerca de 450 mil toneladas de fresagem de pavimento.
Para 2054, esse montante sobe para próximo de 3 milhões de toneladas.
“É necessário planejar como utilizar esse ativo, pois estamos falando de sustentabilidade”, comentou Joel Silveira, gerente de pavimento da EPR.
“Isso implica saber onde armazenar este recurso, pois se estiver longe do processamento, há a necessidade de transporte, aumentando as emissões”, afirmou.
Segundo ele, essa equação logística precisa ser avaliada pois, dependendo da situação, pode inviabilizar algumas soluções.
“Já a expectativa com a aplicação do material é alcançar uma economia de até 20% de agregado virgem e redução do impacto ambiental em 20%”, citou o especialista.
Insumos – O BW Fórum 2025 tratou ainda do desenvolvimento das tecnologias em prol da sustentabilidade na área de insumos.
Para Rodrigo Magalhães de Vasconcellos Barros, diretor superintendente da Copavel, as perspectivas da reciclagem são as melhores possíveis devido ao crescente portfólio de equipamentos, novos players, especificações aprimoradas e evolução no desenvolvimento das emulsões.
O especialista comentou ainda sobre os 25 anos da aplicação de asfalto borracha no país.
“Toda química fina utilizada para a fabricação dos pneus é incorporada ao asfalto”, disse.
“O retorno elástico, inclusive, melhora depois da usinagem pelo processo de aquecimento, levando à ampliação da digestão da borracha pelo asfalto”, complementou.
Já Osvaldo Tuchumantel, diretor de marketing e técnico da Betunel, evidenciou a importância do custo social quando se faz uma obra em infraestrutura rodoviária ou mobilidade urbana.
“Normalmente, as soluções são definidas por preço, sem levar em conta os impactos para a sociedade com manutenção e intervenções nas avenidas e nas rodovias, como longos congestionamentos, maior tempo de deslocamento, atrasos e estresse”, explicou.
Nesse sentido, ele apresentou algumas soluções que podem, por exemplo, reduzir o tempo de fechamento de pistas ou vias, com liberação em poucas horas.
Mercado – Sobre o mercado de equipamentos para pavimentação, Adriano Correia, diretor da Wirtgen Brasil, reiterou que as máquinas que trabalham com mais eficiência também reduzem as emissões e os custos.
Em uma operação com massa asfáltica, segundo Correia, a usina é o equipamento que mais emite CO2, enquanto as máquinas móveis respondem por 4% das emissões.
“Quando a usina passa a utilizar o reciclado, é possível diminuir em 32% as emissões”, garantiu.
“Esse resultado mostra a importância de se atuar no processo, olhando de forma holística para todo o trabalho, não apenas o equipamento”, apontou Correia.
Celebração – Após a realização do BW Fórum 2025, a Sobratema celebrou 37 anos de atividades em prol do desenvolvimento dos mercados de equipamentos, construção e mineração com um coquetel oferecido aos convidados e participantes, com patrocínio da Sotreq.
A cobertura completa do evento está na edição de outubro da Revista M&T.
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