Foto: JOHN DEEREMas um bom seguro é um investimento importante, tanto na vida privada quanto nos diferentes setores produtivos.
Especialmente em setores com uso intensivo de capital, como o de máquinas pesadas, em que uma simples apólice pode garantir não apenas a preservação do patrimônio representado por esses ativos, mas a própria continuidade das operações nas quais são utilizados.
Muitos talvez não saibam, mas é possível contratar seguros indenizatórios de diversas ocorrências relacionadas à posse e à operação de máquinas e equipamentos, incluindo furtos, roubos, acidentes, danos causados por agentes externos, problemas no sistema elétrico, transporte, riscos decorrentes de operações próximas à &aacu

Foto: JOHN DEEREMas um bom seguro é um investimento importante, tanto na vida privada quanto nos diferentes setores produtivos.
Especialmente em setores com uso intensivo de capital, como o de máquinas pesadas, em que uma simples apólice pode garantir não apenas a preservação do patrimônio representado por esses ativos, mas a própria continuidade das operações nas quais são utilizados.
Muitos talvez não saibam, mas é possível contratar seguros indenizatórios de diversas ocorrências relacionadas à posse e à operação de máquinas e equipamentos, incluindo furtos, roubos, acidentes, danos causados por agentes externos, problemas no sistema elétrico, transporte, riscos decorrentes de operações próximas à água, responsabilidade civil de terceiros e indisponibilidade do equipamento, entre outras.
Também é possível contratar com um custo relativo – calculado sobre o valor do bem segurado – inferior ao de um seguro de automóvel ou caminhão, por exemplo.
Para máquinas, esse custo relativo normalmente oscila em uma faixa de 1% a 3,5% do valor do bem segurado. Em veículos, pode chegar a até três vezes acima disso. Essa diferença tem uma razão.
“Muitas vezes, veículos de rodagem trafegam por cidades e estradas, onde há mais exposição a riscos de roubos, acidentes e responsabilidade civil”, pontua Leandro Silva, gerente de vendas de seguros da CGF Seguros, corretora especializada sediada em Contagem (MG) e que realiza cerca de 70% de seus negócios no segmento das máquinas e equipamentos.

Leandro Silva, da CGF Seguros: seguro compensa para bens que valem milhões. Foto: CGF SEGUROS
“Com máquinas, o risco é mais operacional e o número de sinistros é menor, embora geralmente a indenização por sinistro seja superior”, explica.
CONDICIONANTES
Para aceitar uma contratação, a CGF exige do contratante um CNPJ (no caso de empresa) e a comprovação da aquisição da máquina com nota fiscal (ou invoice, no caso de equipamento importado).
Já pessoas físicas devem apresentar CPF e comprovação de titularidade do equipamento.
Nas análises de risco – que balizam o preço do seguro –, são avaliados itens como condição operacional da máquina, local de uso, histórico de manutenção e segurança do canteiro ou local de armazenamento.
“Precisamos garantir que a máquina esteja em condições mínimas de segurança e documentação em dia para evitar um risco inaceitável”, diz Silva.
Disponibilizando seguros para máquinas de construção e agronegócio, a seguradora Excelsior também inclui quesitos como realização de manutenções periódicas e condições de guarda do equipamento, bem como local e modo de operação.
Na avaliação de uma nova contratação, a empresa considera ainda o tempo de vida do equipamento ou da frota.
No caso de máquinas de construção, o máximo admitido geralmente é de 15 anos (ou até menos, dependendo da atividade na qual é empregada).
“Com frequência, essas máquinas trabalham ininterruptamente, daí o tempo de vida ser importante”, justifica Vinícius Silva Câmara, superintendente-executivo nacional da Excelsior Seguros.

Vinícius Câmara, da Excelsior Seguros: tempo de vida
da máquina é decisivo. Foto: EXCELSIOR SEGUROS
Além de roubo e furto, colisão, despesas com salvamento, responsabilidade civil e danos gerados por causas externas, os seguros da Excelsior também podem cobrir danos ao sistema elétrico.
“O sistema elétrico pode representar uma perda relevante em uma máquina”, justifica Câmara.
“Também oferecemos seguro para perda do aluguel, que o locador pode acionar caso ocorra algum sinistro na máquina que a impeça de trabalhar”, acrescenta o profissional da Excelsior, cujos seguros atendem a máquinas com valor máximo de R$ 3 milhões, inclusive com linhas para frotas.
Na Porto Seguro, as apólices para máquinas de construção civil e agronegócio podem incluir uma cobertura chamada “pagamento de aluguel”, que permite ao segurado alugar uma máquina caso o bem segurado precise ficar parado por danos cobertos na apólice.
“Geralmente, a cobertura básica abrange danos por causas externas como impactos, queda de objetos, tombamento e colisão, ocorridos durante as atividades da máquina, inclusive durante o transporte”, acentua Raquel Oliveira, gerente de produto para agronegócios e máquinas da Porto Seguro.
“Mas também podem ser contratadas coberturas adicionais, como roubo, dano elétrico, responsabilidade civil e operações em proximidade de água, ampliando a segurança para o patrimônio.”

Raquel Oliveira, da Porto Seguro: cobertura básica abrange danos por causas externas. Foto: PORTO SEGURO
A idade do equipamento, ela reforça, é um parâmetro importante para a análise de um seguro.
Mas isso não significa que um equipamento mais antigo necessariamente pagará um preço superior ao de um novo, pois outros fatores são considerados, como os riscos da operação.
Da mesma maneira, as informações sobre o uso e a conservação da máquina também são relevantes.
“Em alguns casos, é possível fazer uma inspeção prévia antes de aceitar o seguro, para verificar as condições de conservação do equipamento, como é guardado e se é operado por profissionais habilitados”, diz a gerente.
Outro aspecto fundamental é a comprovação da posse do equipamento.
“Não que seja comum não haver essa comprovação, mas há casos em que a pessoa afirma ter comprado a máquina de um conhecido, por exemplo, mas não tem qualquer documentação da transação”, destaca Raquel Oliveira.
“Nesses casos, poderemos ter um problema legal para fazer o pagamento.”
CUSTO E RETORNO
Infelizmente, o recente aumento da quantidade de furtos e roubos no setor já começa a influir nas análises de risco e exigências para a contratação de máquinas pesadas.
As coberturas de furtos simples, por exemplo, atualmente são acionadas de forma mais frequente do que acontecia há pouco tempo, informa Silva, da CGF.
“A tendência é de que as apólices para equipamentos que operam em locais de alto risco ou com histórico de sinistros comecem a vir com prêmio mais elevado ou exigências adicionais de segurança”, ele observa.
Na CGF, diz Silva, o prêmio anual do seguro gira em torno de 1% do valor do bem.
“Mas esse índice diminui quando o número de máquinas aumenta”, descreve o profissional, destacando que a empresa – que mantém mais de 10 mil máquinas seguradas no país – já fez seguros nos quais o prêmio atingiu 0,3% do valor da frota.
“Considerando que máquinas pesadas podem custar milhões e que um sinistro pode paralisar obras ou colheitas inteiras, o seguro realmente compensa.”
Ocasião propícia para sinistros, o transporte das máquinas precisa cumprir diversos procedimentos. Foto: XCMG
Já Câmara, da Excelsior, estima o custo anual do seguro entre 1,5% e 3,5% do valor do ativo. “É um índice bem inferior ao de um automóvel, que em alguns casos pode chegar a 10%”, compara, corroborando a percepção de aumento nas incidências de roubos de máquinas, principalmente em regiões onde a frota é maior.
“Mas isso não significa elevação dos preços necessariamente, pois as seguradoras têm outras opções, como exigências de franquia maior”, explana, referindo-se ao valor pago para acionar o seguro em caso de sinistro. “E, principalmente, maiores exigências de requisitos de segurança, como monitoramento remoto e presença de vigilantes.”
No Brasil, observa o especialista da Excelsior, a cultura de contratação de seguros de máquinas e equipamentos ainda é bem menos disseminada que no mercado automobilístico.
“A demanda ainda está concentrada em grandes empresas, mas é rara entre donos de uma ou de poucas máquinas, para os quais um seguro pode ser até mais importante, pois ficar sem o ativo pode comprometer toda a operação”, arremata Câmara.
O usufruto de um seguro – e mesmo a eliminação do risco de não receber a indenização – exige o atendimento de uma série de requisitos por parte dos frotistas.
Além da rotina diária de inspeção e de um programa de manutenção preventiva, Silva diz que essa série deve incluir a capacitação dos operadores e a implantação de dispositivos de segurança contra furtos e roubos, como sistemas de rastreamento, travas e controle de acesso ao canteiro.
Ocasião propícia para a ocorrência de sinistros, o transporte precisa ser feito com os devidos procedimentos de fixação, deslocamento e guarda.
Também é fundamental entender claramente o que prevê a apólice e, no caso de sinistro, realizar registros com fotos e boletins de ocorrência, não movimentar o equipamento sem autorização e acionar rapidamente a seguradora.
“O seguro protege, mas exige boa governança da frota para que a cobertura possa operar quando ocorre um sinistro”, diz o profissional da CGF.
Por sua vez, Câmara, da Excelsior, recomenda que o gestor fique atento ao real valor do equipamento, que muda com o decorrer do tempo.
“Para contratação e pagamento de indenização, solicitamos fotos e documentação do ativo, inclusive da manutenção, que é importante para avaliação de riscos e precificação”, esclarece. “E o gestor precisa acompanhar de perto esse processo.”
Recebimento do seguro exige cumprimentode leis e normas relacionadas ao uso da máquina. Foto: GOLDHOFER
Já Raquel Oliveira, da Porto Seguro, lembra que o recebimento do seguro exige que o gestor cumpra leis e normas relacionadas às diversas etapas de uso da máquina, como operação e transporte.
Também há, segundo a gerente, a possibilidade de perda do direito ao seguro caso o equipamento seja operado por um profissional sem qualificação, por exemplo.
“O seguro é um contrato de boa-fé, em que a seguradora confia que o cliente irá cumprir com as normas relativas à atividade”, ela observa.
Desenvolvido pelo Tokio Marine especialmente para o agronegócio, o seguro Agro Fazendas pode ser contratado para equipamentos como tratores, colheitadeiras, pulverizadores e plantadeiras.
O plano garante cobertura contra colisão, incêndio, dano elétrico, roubo, furto (qualificado e simples), queda de raio e quebra de vidros, entre outras ocorrências.
Além disso, pode ser contratado por operações de qualquer porte. Mas se for o primeiro seguro de um equipamento que já não está mais na concessionária, requer inspeção prévia para a identificação das condições.
“Caso o equipamento já tenha sido segurado por nós ou outra seguradora, não há necessidade dessa inspeção”, explica Joaquim Neto, superintendente de produtos agro da Tokio Marine.

Joaquim Neto, da Tokio Marine: informações
atualizadas são essenciais. Foto: TOKIO MARINE
De modo geral, o seguro cobra uma taxa média anual inferior a 1% do valor do bem. E, para não correr o risco de não receber a indenização, o segurado deve realizar a manutenção dentro da periodicidade recomendada, entre outras condições.
“Também é essencial comunicar ao corretor da apólice sempre que houver novas aquisições, trocas ou vendas de equipamentos, garantindo que o seguro esteja sempre atualizado”, destaca Neto.
“Em caso de acidente ou outras ocorrências com os bens, o corretor também deve ser informado, evitando prejuízos em eventuais solicitações de reparo ou indenização.”
Saiba mais:
CGF Seguros: www.cgfseguros.com.br
Excelsior: www.excelsiorseguros.com.br/seguros/maquinas-e-equipamentos
Porto Seguro: www.portoseguro.com.br/maquinas-e-equipamentos
Tokio Marine: www.tokiomarine.com.br/condicoes-gerais/equipamentos

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