Uma das principais economias da Europa, a Espanha tem previsão de aumento no PIB em 2025, superando em 2,5% o resultado de US$ 1,72 trilhão obtido no ano passado.
Em ritmo robusto de crescimento, o país ibérico supera outras economias europeias de porte similar, com destaque para as exportações da produção industrial.
Segundo dados do Banco Mundial, em 2023 o comércio exterior representou 72% do PIB do país, sendo que o setor de bens de capital foi o que mais aumentou, com avanço de 19,5% no ano.
As exportações totalizaram 383,69 bilhões de euros no período, o segundo maior valor já registrado, como aponta levantamento do Departamento Aduaneiro da Agência Tributária Espanhola, citado pelo Banco Santander.
Naquele ano, as importações de bens de c

Uma das principais economias da Europa, a Espanha tem previsão de aumento no PIB em 2025, superando em 2,5% o resultado de US$ 1,72 trilhão obtido no ano passado.
Em ritmo robusto de crescimento, o país ibérico supera outras economias europeias de porte similar, com destaque para as exportações da produção industrial.
Segundo dados do Banco Mundial, em 2023 o comércio exterior representou 72% do PIB do país, sendo que o setor de bens de capital foi o que mais aumentou, com avanço de 19,5% no ano.
As exportações totalizaram 383,69 bilhões de euros no período, o segundo maior valor já registrado, como aponta levantamento do Departamento Aduaneiro da Agência Tributária Espanhola, citado pelo Banco Santander.
Naquele ano, as importações de bens de capital também registraram volumes mais elevados (22,4% do total, sendo 5,3% de maquinário industrial), como mostram dados oficiais do governo espanhol de 2023.
Com isso, a balança comercial do país é considerada “estruturalmente negativa” – e deficitária em relação a países como o Brasil.
Informações do Ministério do Comércio revelam que, de janeiro a novembro de 2024, a Espanha exportou bens no valor de 354,72 bilhões de euros (estável em comparação ao ano anterior), enquanto as importações totalizaram 390,88 bilhões de euros (-0,3%).
A União Europeia segue como o principal destino das exportações, com 62,7% do total (240,38 bilhões de euros) em 2023. Todavia, as vendas na região diminuíram 1,6% em comparação ao ano anterior, como indicam os dados oficiais.
Esse cenário impulsiona a indústria espanhola na busca por novos consumidores para seus produtos, reforçando a visibilidade de seu parque fabril, que em boa parte é composto por empresas familiares tradicionais e tem inserção relevante em diferentes segmentos produtivos.
Além das próprias qualidades manufatureiras, as empresas do país contam com estímulos importantes, como os programas de apoio à internacionalização da Anmopyc (Asociación Nacional de Fabricantes de Maquinaria de Obra Pública y Minería), que entre 26 e 31 de outubro levou à Espanha profissionais da imprensa especializada internacional (incluindo esta Revista M&T e representantes de veículos de mídia da Colômbia, México, Índia e Estados Unidos) para conhecer plantas, tecnologias e produtos “Hechos en España”, com foco voltado em aplicações pesadas.
A ação teve apoio da agência ICEX (España Exportación e Inversiones), organismo público empresarial ligado à Secretaria de Estado de Comércio, por sua vez integrada ao Ministério da Economia, Comércio e Empresa da Espanha.
Percorrendo distritos industriais nas regiões de Zaragoza, Barcelona e Madri, a missão conferiu linhas produtivas de associadas da Anmopyc, que reúne mais de 150 companhias familiares, não familiares e subsidiárias de multinacionais, cobrindo um espectro representativo da pujança industrial espanhola.
“O que buscamos com essa missão é apoiar a imagem das empresas espanholas em mercados onde ainda não estão ou querem estar presentes”, disse Andrés Sáenz de Jubera, diretor do departamento de promoção exterior da Anmopyc.
“Mercados como o Brasil são importantes, especialmente agora, com o Mercosul, que já estamos bem perto, mas o acesso ainda é complicado para as empresas, de modo que essa primeira onda de [divulgação da] imagem é sempre importante para abrir o mercado.”
Esses fabricantes, reforçou o diretor, têm capacidade de oferecer equipamentos e maquinários tecnológicos para os setores da construção e mineração a clientes em novos mercados, mesmo nos mais desafiadores, como o brasileiro.
“Com atuação em diferentes áreas e setores, elas servem como exemplo das capacidades da indústria espanhola em termos de fabricação”, acrescentou Andrés.

Fonte: ApexBrasil
Na visão do ICEX, o Brasil é um mercado-chave na estratégia de expansão global dos negócios espanhóis, com projetos importantes em minerais críticos, projetos de energia limpa e obras de infraestrutura, dentre outros.
“Queremos ajudar as empresas espanholas a entrar nos mercados estrangeiros, de modo que se tornem mais competitivas e atraiam investimentos para a Espanha”, resumiu Sonsoles Huidobro Martín-Laborda, diretora adjunta de Infraestruturas e Tecnologia Industrial do ICEX.
“O Brasil, especialmente, é um mercado difícil para as empresas espanholas, é como se houvesse uma barreira”, completou a executiva.
De acordo com ela, empresas espanholas de todos os setores industriais da Espanha avaliam que o Brasil não é um mercado fácil para ingressar ou se manter.
“As empresas espanholas têm capacidade, embora sejam muito menores do que seus concorrentes alemães ou norte-americanos”, avaliou Sonsoles Huidobro.
“São empresas menores em tamanho, o que as obriga a escolher para onde direcionar seus esforços, pois não têm capacidade para chegar ao mundo inteiro.”
Nos últimos dez anos, o mercado brasileiro acumula um histórico de US$ 100 bilhões em comércio bilateral com a Espanha, de quem adquire principalmente equipamentos de transporte, produtos químicos, máquinas e aparelhos mecânicos (v. quadro).

Balança comercial espanhola tem participação expressiva
da indústria de máquinas, componentes e insumos
Mas há muito mais, como mostra esta reportagem especial.
De lubrificantes, peças, componentes e máquinas, até sistemas de telecomunicações para missões críticas e um inovador projeto com hidrogênio para máquinas pesadas, confira o que descobrimos neste giro por um dos principais centros industriais da Europa.
A imersão no universo OEM espanhol tem início em Muel, município da província de Zaragoza, capital da região autônoma de Aragón, no nordeste de Espanha.
Com a paisagem semiárida da região ao fundo, há quase um século uma empresa familiar produz linhas de grupos geradores Stage V para locação (de 4 a 900 kVA) e geradores a gasolina (na faixa de 2,5 a 16 kVA, com motor Honda ou Kohler, em versões bancada, à prova de ruído e com capô), além de motobombas industriais a diesel (até 400 hp), compressores especiais, motosoldadoras a diesel, maquinário agrícola leve e lavadoras de alta pressão de 25 a 1.000 bar, em versões elétrica, a gasolina e a diesel.
Fundada em 1930, a TALLERES CAROD também distribui na Espanha os aquecedores infravermelhos da marca Shizuoka Seiki, além de motores, filtros e kits de manutenção da MWM, da qual é representante autorizada. Com leque amplo, a oferta inclui ainda motores para aviação e sistemas de combate a incêndio.
“Na Europa, o uso da mais recente geração de motores Stage 5 é obrigatório”, contou Mohamed Mohinah, gerente de exportações da Talleres Carod.
“Mas, fora daqui, ainda há poucos clientes que encomendam o Stage 5, pois é muito caro, a tecnologia é muito avançada e a manutenção adequada também tem custo elevado.”
O gerente de exportações Mohamed Mohinah detalha diferenciais do portfólio da Carod
Atualmente, os produtos já são utilizados em diferentes países, do sul da Europa ao norte da África, passando por Oriente Médio e América do Sul.
A empresa mantém parcerias sólidas com fabricantes OEM, disse ele, citando um recente acordo de fornecimento fechado com a Volvo, cujos motores anteriormente eram considerados “um pouco caros” para o porte da empresa.
“Mas, agora, estão ajustando os preços para competir com outros fabricantes”, observou Mohinah, reforçando que a Carod tenta uma saída ainda forte rumo ao exterior já há alguns anos.
Para isso, conta com a reputação de suas aplicações para motores a diesel e gasolina, fabricadas em um complexo industrial com 10 mil m2 de área, no Polo Industrial El Pitarco.
A unidade também produz itens para outras marcas. Em 2019, a empresa recebeu o Prêmio CEPYME, da Confederación Española de la Pequeña y Mediana Empresa, reconhecendo o crescimento sob a liderança de Gerardo Carod, da 4ª geração da família do fundador, que deu início à companhia a partir de uma oficina de forja no centro da cidade.
“Somos um fabricante sob medida. Temos um estoque de componentes entre 5 e 6 milhões de euros”, revelou o gerente de exportações.
No Brasil, as ações estão relacionadas especificamente à distribuição da MWM, cujos produtos importa e comercializa na Europa, além de prestar serviços de assistência técnica e fornecer peças de reposição para as linhas MWM e MaxxForce, amplamente utilizadas em geração estacionária de energia.
“Esses motores são utilizados na Espanha e na França especialmente em tratores, pois têm conceito mecânico muito simples, sem tanta eletrônica embarcada, sendo o preferido na agricultura”, destacou o gerente.
“Na América do Sul, a maioria dos pedidos nos chega diretamente de clientes que se dedicam ao negócio de maquinários.”
Com 10 mil m2 de área, a fábrica da Carod em Zaragoza produz geradores a diesel e a gasolina
Segundo ele, atualmente há máquinas da marca “por toda a parte”, porém são exportadas por companhias locais europeias, a partir das quais chegam aos mais diversos destinos no mundo.
“Há cerca de três anos, fizemos bons negócios no Uruguai, envolvendo 300 máquinas para o setor agrícola, que foi intermediado por uma empresa do norte da Espanha”, comentou Mohinah, assinalando a operação triangular da rede.
“Atualmente, cerca de 40 máquinas estão sendo exportadas para a França, mas seu destino final é Benin, na África.”
A cerca de 40 km de distância, no Polígono Complejo Industrial Gregorio Quejido, também em Zaragoza, a próxima visita muda o foco, saltando da geração de energia para telecomunicações. Fundada há mais de 50 anos, a TELTRONIC reivindica a liderança mundial em projetos, fabricação e implantação de plataformas de radiocomunicação e vídeo para missões críticas em diferentes áreas.
Com alcance global, a companhia mantém subsidiárias na América do Norte (EUA e Canadá) e no Brasil (SP, RJ e BA), além de um escritório no México.
Nos demais países, a atuação é feita por meio de representantes. Após quatro anos sob controle do Grupo Hytera, a empresa foi vendida em julho deste ano para o fundo de private equity Nazca, que pagou 75,5 milhões de euros pelo negócio.
O portfólio abrange sistemas sem fio para segurança pública, energia, mineração, transporte público, petróleo & gás, dentre outros.
O carro-chefe da linha inclui soluções de infraestrutura privada de rede (sistemas Tetra, LTE e 5G), centros de controle e despacho de emergência, MCS (Mission Critical Services – padrão MCX), terminais de rádio e equipamentos embarcados para trens, bondes e metrôs.
“Quando falamos de infraestrutura, estamos nos referindo aos elementos que compõem a rede de radiofrequência”, explicou Miguél Simón, gerente de comunicação & marketing da Teltronic.
“Ela é uma parte que podemos chamar de ‘cérebro’ do sistema, o nó central, e depois vêm as estações-base, que fazem a transmissão, seja LTE ou Tetra.”
Apoiadas por soluções de IoT, IA, realidade virtual, drones e dispositivos de cibersegurança, as redes permitem a comunicação em tempo real por voz, vídeo e dados, abrangendo ainda transmissão para a arquitetura Scada (Supervisory Control and Data Acquisition, ou Controle de Supervisão e Aquisição de Dados) e recursos ampliados de telemetria, servindo de suporte na digitalização e automação de ambientes minerários complexos.
“Os equipamentos podem ser instalados na cabine de um caminhão, em um equipamento de perfuração ou qualquer outro maquinário, conectando os sistemas para enviar e receber o sinal sem fio”, detalhou Cecilia Jordán, gerente de desenvolvimento de mercado da empresa, que tem cerca de 400 funcionários, incluindo 80 no Brasil, onde mantém uma atuação consolidada.
Cecilia Jordán, gerente de desenvolvimento de mercado da Teltronic, destaca acordos estratégicos no Brasil
Para a gerente, as redes privadas são uma realidade na área, até por uma questão técnica.
“O Wi-Fi funciona em um espectro sem licença”, ponderou Cecilia.
“É um espectro livre e, do ponto de vista de segurança, qualidade e interferências do serviço, é um problema que merece atenção.”
Isso, evidentemente, abre um enorme campo para sistemas privados em diferentes setores.
Na mineração, especificamente, a integração entre as tecnologias de banda larga LTE (Long Term Evolution) e 5G permite por exemplo controlar e monitorar frotas de veículos autônomos em tempo real, com integração remota de IA à manutenção preditiva, localização GPS, cercas geográficas e monitoramento da qualidade do ar.
Outra frente estratégica da empresa são as chamadas “bolhas táticas”, serviço que utiliza caminhões, placas solares e antenas para implantar ilhas de conectividade.
Sistemas da Teltronic permitem digitalização e automação de ambientes minerários complexos
“Na América Latina, as operações são realizadas em condições difíceis, com muita poeira e inúmeras máquinas, geralmente em minas muito grandes, de 3 a 5 km de diâmetro”, observou Jordán, acentuando que as operadoras públicas não prestam serviço nessas áreas remotas.
“Além disso, é um ambiente vivo. Uma cidade geralmente permanece a mesma o tempo todo, mas a mina muda a cada 3 ou 6 meses.”
Localizada a cerca de 80 km no sentido nordeste, a próxima parada é a Plataforma Logistica Huesca Sur (PLHUS), já no município de Huesca, onde está instalada a fábrica da UP LIFTING, empresa familiar especializada em projetos, fabricação e fornecimento de soluções especiais para manuseio de contêineres e cargas pesadas.
Fundada em 1963 por César Pueyo, a empresa produz linhas de empilhadeiras retráteis, reach stackers e manipuladores de contêineres com projetos próprios, em versões civis e militares.
“Os equipamentos reach stackers são o nosso carro-chefe, e não apenas para portos”, ressaltou Jean-Michel Aspas Arrieta, diretor comercial da Up Lifting, que desde 2011 é controlada pelo grupo metalúrgico espanhol Gaypu.
“A construção moderna também se tornou foco com os sistemas pré-fabricados, com os quais já executamos projetos interessantes no Oriente Médio, por exemplo, para movimentar grandes peças de até 90 ton.”
Jean-Michel Aspas Arrieta, da Up Lifting: sonho em vender máquinas no Brasil
Com cerca de 90 colaboradores, a empresa produz 9 modelos de empilhadeiras para carga geral (de 20 a 80 t, com alturas de 5 a 7 m) e 10 variações de reach stackers (de 10 a 42 t) e 8 de manipuladores de contêineres (10-9-5,5 t a 46-38-20 t), sendo que 30% do total é produzido para concorrentes.
“O mais importante é a flexibilidade”, disse Arrieta. “Para nós, é tudo a mesma coisa: é só aço, motor, hidráulica, elétrica etc.”
Nas três linhas, a motorização vai de 160 kW a 285 kW. Baseada em motores Stage IIIA, a linha militar reúne equipamentos certificados com tração em 2 ou 4 rodas diretrizes, dependendo da versão.
Aerotransportável, a linha voltada para o exército abrange 7 modelos de reach stackers (de 4 a 35 t) e 8 de empilhadeiras (de 5 a 25 t), com estrutura, carenagem, cores e acabamento especiais, além de uma versão especial de 83 t, a “maior do mundo na categoria”, equipada com contrapeso.
Equipados com cabines ROPS/FOPS (contra capotamento, obrigatória em modelos 4x4) e FOPS (contra queda de objetos, para veículos 4x2), os equipamentos trazem eixos Kessler, pneus BKT, transmissões ZF e motores Volvo (versões civis) ou Cat/Perkins (versões militares), podendo alternar a motorização.
Como fornecedora AQAP (Allied Quality Assurance Publications), da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a empresa promove ajustes nos produtos de acordo com o país da aliança militar a que se destinam.
“Personalizamos todas as peças e componentes, o que os concorrentes que trabalham com séries não conseguem fazer”, garantiu. “Ou seja, fazemos máquinas que ainda não existem.”
Fornecedora certificada da OTAN, a Up Lifting é especializada em versões militares de reach stackers
Atualmente, a empresa vem triplicando as instalações com uma segunda fábrica, para ampliar a capacidade de 78 unidades/ano.
“O plano é duplicar esse volume dentro de três anos, com a construção de uma nova unidade a partir de dezembro”, revelou Arrieta, assinalando a forte ocupação das linhas, atualmente com um lead time de 14 a 16 meses.
“O Brasil, especialmente, é um mercado do qual nos sentimos muito próximos. É um sonho enviar máquinas para lá, mas não podemos nos precipitar”, comentou Arrieta.
“As taxas de importação são muito altas, o que nos penaliza muito neste momento.”
Voltando à província de Zaragoza, mais especificamente no município de Utebo, localiza-se o complexo industrial da CINTASA, em um terreno de 25 mil m² que a empresa ocupa desde 2004.
Fundada em 1973, sua principal atividade sempre foi focada no desenvolvimento e fabricação de equipamentos para manutenção e transporte, incluindo correias, rolos, correntes, placas metálicas, caçambas, elevadores e alimentadores, além de acessórios.
Com cerca de 100 funcionários, a produção in-house inclui projeto de engenharia, cálculos, produção e testes de qualidade.
Com um escritório permanente em Atlanta (EUA), a empresa trabalha com dealers comissionados em diferentes países, abrangendo Norte da África, México, Bolívia e Peru, entre outros. A segunda geração do fundador comanda atualmente os negócios, atendendo diversos setores.
“Os segmentos cimenteiro e de agregados estão entre os mais fortes para nós, além de reciclagem, fertilizantes e siderurgia”, contou Jaime Simón, gerente de vendas da Cintasa.
O gerente de vendas Jaime Simón da Cintasa: adaptabilidade como diferencial da empresa
Com uma produção de cerca de 900 correias/ano (+18% sobre o ano passado), a fábrica ocupa 22 mil m2 de área.
“Estamos crescendo”, prosseguiu Simón. “Em 202l, abrimos um novo edifício com cabine automatizada para tratamento e pintura de superfícies, mantendo a capacidade do plano de produção.”
Dentre os produtos da linha, destacam-se diferentes modelos de transportadores-dosadores com balança integrada e ajuste automático da velocidade.
Totalmente fechado, o equipamento oferece opção de gabinete de controle com inversor de frequência. Por sua vez, o transportador de correia Tripper-Car abrange um sistema basculante motorizado com rodas, que se move ao longo da estrutura, criando pontos de descarga contínuos ou múltiplos, em ambos os lados da correia.
A adaptabilidade é apresentada como um diferencial. “É isso que nos dedicamos, a customizar as soluções ao gosto do cliente”, afirmou o executivo.
“Esse é o nosso know-how, fornecemos inclusive cálculos de cargas para preparar as bases de concreto para que façam as fundações em que irão trabalhar.”
Com perfil UPN (Universal Profile Normal), a linha TUL / TUL-Structure / TUL-Gallery pode ser instalada dentro de túneis, galerias ou no topo de estruturas.
Após crescer 18% no ano passado, a produção
da Cintasa chegou a 900 correias/ano
O equipamento tem capacidade de até 2.500 t/h, com distância entre suportes de até 5-6 m. Já a linha TCL é composta por produtos Heavy Duty com estrutura treliçada em perfis de cantoneira laminada UPN ou H.
Com longa distância entre os suportes (até 25-30 m), o sistema entrega capacidade de até 2.500 t/h. “Já estamos trabalhando essas linhas em vários países”, disse Simón. “No Brasil, entregamos diferentes equipamentos em dezembro, tanto para reciclagem como para biomassa.”
Atualmente, a empresa está presente em quase todo o território sul-americano, com mais de 40 pontos de referência.
Com o acréscimo do mercado norte-americano, a participação atual das exportações chegou a 70% da produção, com entregas nos cinco continentes.
“Participamos de diferentes exposições ao redor do mundo e estamos nos movendo continuamente”, justificou Javier Vela, especialista da área de exportação da Cintasa. “Estamos em constante movimento, buscando expansão.”
Após uma viagem por terra de mais de 300 km na direção leste, é a vez de visitar as instalações da CM LLAMADA em Cardedeu, na cidade de Granollers, próxima a Barcelona.
Especializada em equipamentos de perfuração contínua (CFA – Continuous Flight Auger), a empresa produz uma linha com sete diferentes modelos de uma mesma máquina, além de acessórios.
Com origem distante no tempo, a empresa remonta a 1856, quando Josep Codina Bramona abriu uma oficina de forja e construções especiais em aço. Em 1969, seu descendente, Juan Vicente Herrero Codina, fundou a Construcciones Mecánicas Llamada, evoluindo de uma forja dedicada a construções em aço para uma indústria de equipamentos especiais de fundação.
Somente nas últimas décadas, a empresa abriu filiais em La Muela (2005), no Brasil (2011) e na Inglaterra (2022), inaugurou uma nova fábrica de caldeiraria em Alfajarin (2017) e, reforçando a engenharia, criou a unidade Llamada Tech para desenvolvimento de peças hidráulicas (2021), na sede de Cardedeu.
Além disso, a empresa mantém uma fábrica no Brasil e representantes na Finlândia, Rússia, México e Colômbia.
“Somos uma fábrica tradicional com quase 170 anos que, com o grande boom da construção na Espanha nos anos 1980 e 1990, começou a desenvolver aplicações mais específicas para perfuração profunda”, posicionou Manel Ciero, diretor de vendas da Llamada, destacando que praticamente toda a produção é exportada.
“Do volume atual, 50% vão para a Inglaterra, 40% para a França e 10% para os países escandinavos.”
Para o diretor de vendas Manel Ciero, produção
integral in-house é uma das forças da Llamada
Com o tempo, a empresa decidiu concentrar-se em um único produto com conceito exclusivo, em diferentes versões com diâmetros entre 800 e 1.200 mm e profundidades de 20 a 41 m.
Além da eletrônica embarcada, os equipamentos se destacam pela estrutura compacta e capacidade de giro em 360o, presente em cinco modelos.
Para tanto, contam com mastro e contrapeso telescópicos, com largura de esteira variável hidraulicamente. Em termos de componentes, todas as máquinas utilizam bombas Linde e motorização Volvo, de 320 a 784 cv, com tecnologia Stage V, exceto na versão menor, de 218 cv.
“Podemos desenvolver soluções com um torque real tremendo, até 45 t, que são capazes de perfurar com muito mais força até 40 m de profundidade”, assegurou Ciero, apontando que, para usar a hélice contínua, o chassi não pode ser comercial, devido a atributos de simetria e estabilidade (centro de gravidade), além de exigir reforço da torre.
“Por isso, fabricamos tudo o que precisamos, o que exige aportes muito fortes em recursos, instalações e tempo”, disse.
“Somos únicos nisso, apesar de sermos muito copiados.”
Os produtos são feitos em aço ST-52, em seções de 3 a 6 m, acoplamento em aço especial com sistema de tratamento térmico e juntas hex 180 e 250. Já a base dos cabeçotes é construída com tubos de 180 x 125 mm ou 194 x 125 mm, quando reforçados.
“As hélices se encaixam com perfeição”, garantiu Ciero, citando ainda a reputação da empresa no pós-venda. “Como tudo é feito internamente, temos agilidade para oferecer um serviço técnico muito bom.”
Com uma carteira enxuta de clientes, incluindo os grupos Engeo e Fayat, o volume anual produzido gira entre 15 e 25 máquinas de até 130 t, com entrega entre 7 e 8 meses.
A Llamada concentra-se em um único produto, com conceito exclusivo de hélice contínua
“Temos a sorte – ou a desgraça – de que tudo o que fabricamos nos últimos dez anos foi sob encomenda”, comentou o diretor, destacando como isso traz segurança para a empresa.
“Contudo, não tivemos tempo de produzir um estoque que nos permitisse entrar em novos mercados. Mas vamos fazê-lo.”
Partindo dali, percorre-se cerca de 45 km no sentido sudoeste até chegar ao Polo Industrial La Masia, já em Barcelona. Neste distrito, encontra-se a sede corporativa de uma das empresas locais que há tempos mantém laços comerciais com o mercado brasileiro.
Fundada em 1992, a TGB GROUP TECHNOLOGIES é totalmente focada em sistemas de movimento industrial e automação, projetando e produzindo acionamentos e anéis giratórios, coroas, módulos de giro, rolamentos, engrenagens, componentes hidráulicos (autuadores, motores, juntas giratórias e engrenagens planetárias) e industriais (sistemas de movimento linear, transmissões e soluções em aço).
A rede global inclui fábricas na China e na Índia, escritórios comerciais na França e na Turquia e representações no Brasil, Estados Unidos e norte da Europa, mantendo ainda um centro de logística em Durango (no País Basco) e um departamento de P&D na sede de La Masia.
Desde 2009, a empresa conta com um parceiro industrial em Xangai, onde opera uma instalação totalmente automatizada de mais de 17.000 m².
“Estamos sempre à procura de novos negócios, setores, empresas e países para trabalhar”, salientou o especialista de relacionamento & marketing da TGB, Borja Sala.
“Sempre tentamos inovar e fazer as coisas com agilidade para nos mantermos na linha de frente.”
Especialista de marketing da TGB, Borja Sala aponta a demanda crescente de componentes no mercado brasileiro
Na Índia, a unidade de Coimbatore conta com mais de 11.000 m² dedicados à fabricação de componentes.
“Antes de estocarmos, o departamento de qualidade verifica todos os componentes enviados por essas unidades”, assegurou a gerente de logística da TGB, Ionela Parus, que trabalha com transportadoras terceirizadas, alocadas conforme as remessas para os diferentes países.
“Quando selecionamos uma transportadora, sabemos qual é a melhor para cada tipo de produto”, comentou.
Na unidade, há uma nova área de armazenagem específica para produtos prontos para despacho e instalações do departamento de produção, onde mais de 80 mil referências são triadas, finalizadas e embaladas.
Em geral, a empresa trabalha com produtos padronizados, mas também promove adequações sob demanda.
“Oferecemos diferentes tipos de serviços, incluindo pintura e tratamentos”, completou a gerente.
Algumas peças – geralmente com vida útil de 500 h de uso, dependendo da aplicação – são produzidas nas fábricas próprias, enquanto outras vêm de fornecedores homologados, geralmente asiáticos.
Dessa maneira, a atividade abrange um mix entre revenda, montagem e adaptação.
“Temos fornecedores que trabalham conosco há anos, tanto que nem são mais considerados externos”, comentou Parus.
O mercado latino-americano tem crescido em importância, especialmente o Brasil.
Há quase dois anos, uma agente comercial no Brasil se tornou o representante que mais vende os produtos da marca no mundo.
“Isso porque aborda e se comunica diretamente, no melhor estilo old school, que abraça o cliente”, retomou Sala.
“É espetacular, mas o mercado também ajuda.”
Estoque da TGB é totalmente focado em sistemas de movimento industrial e automação
Com clientes OEM como Palfinger, Claas, LM, Versalite, Gator e Ruthmann, entre outros, a empresa direciona 85% da produção para o setor de maquinário, sendo que 70% do total é exportado para mais de 40 países.
“Nosso fundador foi um dos pioneiros da indústria a projetar, produzir e fornecer acionamentos giratórios para usinas solares”, ressaltou Adriano Casas, especialista técnico e de P&D da TGB, lembrando do fornecimento de coroas dentadas de até 6 m para o setor.
“Também já fornecemos esse tipo de componente para o transporte de casas”, ele completou, citando uma atividade comum na Europa.
Sobre o maior desafio técnico no trabalho, Casas foi categórico. “Às vezes, é difícil adaptar o produto às necessidades do cliente”, admitiu.
“Dependendo da solicitação, isso pode ser bastante complicado.”
Retornando ao centro geográfico do país, é hora de conhecer as instalações industriais da OLIPES na região de Campo Real, em Madri, onde está instalada desde 2004.
Com 32 anos de história, a empresa familiar já atingiu o patamar de referência do setor petroquímico internacional, atendendo OEMs e canais de distribuição de máquinas pesadas em cerca de 75 setores de 50 países.
Fundada por Arturo Oliver em 1993, a empresa desenvolve seus produtos em um laboratório próprio, fornecendo mais de 2.500 referências de óleos e massas lubrificantes, aditivos, descofrantes, desengordurantes, limpadores, líquidos automobilísticos e produtos em spray.
Com área de 13.000 m2, a fábrica tem capacidade acima de 3,6 milhões de litros para armazenamento a granel, abrangendo laboratórios, escritórios e armazém logístico robotizado para produtos acabados.
A capacidade atual de produção chega a 100.000 ton/ano nas diferentes linhas de produtos.
“Temos uma proposta de entregar produtos com alto nível de qualidade, obtido por meio de investimentos em P&D, além de atender às normativas de descarte dos produtos, inclusive em relação ao uso feito pelo cliente final”, ressaltou Sandra Labarda Camacho, gerente de exportação da Olipes.

Segundo a gerente de exportação Sandra Camacho, a proposta da Olipes
é entregar produtos de alta qualidade ao redor do mundo. Foto: OLIPES
Segundo ela, a empresa vem ampliando as vendas no exterior, principalmente na América do Sul, com destaque para o Brasil, além de países da África, em um processo exigente e concorrido.
“Estamos tentando vender, mas é bastante difícil devido à taxa de câmbio, o que encarece os nossos preços”, ponderou.
“Também há muitos competidores, especialmente no automobilístico, de modo que é difícil entrar nesses mercados.”
Mesmo assim, cerca de 60% da produção é exportada, com parcerias locais em territórios maiores, como Brasil e EUA.
“O Brasil atualmente é nossa fortaleza, com indústrias enormes”, afirmou a gerente, destacando que a empresa também produz para grandes marcas, além de desenvolver produtos para terceiros, inclusive OEMs.
“Nesses casos, fazemos testes específicos com todos os produtos, visando garantir os níveis de qualidade exigidos tanto pelo mercado quanto pela nossa própria marca.”
Em processo de ampliação, a Olipes está atualmente construindo uma terceira planta produtiva, o que deve elevar a produção em 2027.
O coração da empresa é o laboratório químico, que recebe investimentos anuais em torno de 10% do faturamento.
Para a chefe de laboratório Elisabeth Dominguez, o que define a qualidade dos óleos é a seleção de uma boa base de extrato de refino (dependendo do tipo de petróleo), mesclada a diferentes aditivos, que são selecionados e combinados em processos químicos, gerando as formulações.
“Fazemos aqui o controle de qualidade de toda a produção, tanto de óleos lubrificantes como de graxas e anticongelantes, além de toda a atividade de P&D relacionadaa novos produtos”, resumiu.
Com investimentos anuais em torno de 10% do faturamento, laboratório é o “coração” da Olipos em Madri. Foto: OLIPES
O tipo e a quantidade de aditivos utilizados variam conforme a propriedade que se deseja melhorar ou reforçar no óleo, considerando o tipo de aplicação a que se destina, temperatura de uso e velocidade da máquina, entre outras características.
“No caso de óleos sintéticos, quando se muda o tipo de molécula todas as propriedades físico-químicas também mudam”, acrescentou a especialista, destacando como a transição energética vem exigindo mudanças na formulação dos óleos, especialmente para atender motores elétricos.
“Elétricos não têm motor de combustão, mas usam outros fluidos, como óleo da caixa de câmbio e do redutor, líquidos de frenagem e, sobretudo, muito líquido de refrigeração da parte elétrica e eletrônica”, completou Roberto González Tristán, engenheiro de suporte técnico da Olipes.
Ainda nos arredores de Madri, chegamos à última etapa da viagem, com uma visita à sede da divisão Underground da PUTZMEISTER IBÉRICA, na Villa de Vallecas.
Parte de um grupo com mais de 20 subsidiárias e unidades fabris, a divisão é dedicada à fabricação de equipamentos para lançamento e mistura de concreto em túneis e minas subterrâneas, além de soluções para transporte e utilitários, mas também distribui autobombas, bombas estacionárias, centrais misturadoras e outros produtos da Sany, controladora da marca desde 2012.
Desenvolvido desde 1958, o extenso portfólio para logística subterrânea da marca compreende três diferentes modelos de betoneiras Mixkret (linha com o maior volume de vendas, com 3, 4 e 5 m3 de capacidade), além da central de concreto Batchkret 20 (em diferentes configurações) e do transportador subterrâneo Minecharge (equipado com transmissão hidrostática com variação contínua), todos fabricados na estrutura de fabril de 26 mil m2, que mobiliza cerca de 160 funcionários.
Com 16 diferentes modelos, a oferta é complementada por soluções integradas de revestimento secundário em concreto para túneis, incluindo bombas e sistemas de cofragem, desenvolvidas em colaboração com a empresa suíça Kern Tunneltechnik.
Já a linha Wetkret de pulverizadores de concreto abrange cinco modelos, com produtividade de 4 a 33 m3/h, além de uma bomba shotcrete da linha Synchro, com vazão de 4 a 18,2 m3/h.
Desde a pandemia, a empresa – que também reforma máquinas – registrou um aumento de 20% a 25% ao ano no faturamento, suportado por investimentos.
No momento, a empresa atua com 90% da capacidade de 160 máquinas/ano, que pode chegar a 200 máquinas/ano com incrementos nas linhas.
Em peças, a empresa abriu um terceiro armazém há alguns anos, chegando a 18 mil referências em estoque.
“Vivenciamos um momento muito bom nos últimos cinco anos, mas não foi sempre assim”, comentou Michael Junker, diretor de operações da Putzmeister Ibérica, informando que 85% da produção é enviada para fora da União Europeia.
“A nossa vantagem é que somos bastante flexíveis, adaptando nossa atividade às demandas do mercado em um tempo bastante curto.”
O diretor de operações Michael Junker destaca o bom momento vivido pela Putzmeister Ibérica
No Brasil, a empresa conta desde 2010 com o apoio da subsidiária Putzmeister Brasil, sediada em Atibaia (SP), cuja oferta abrange lanças, autobombas e bombas rebocáveis e estacionárias, dentre outros produtos.
“Para nós, a América Latina é o principal mercado e temos um distribuidor muito forte na região”, afirmou Junker. Segundo ele, os clientes brasileiros são especiais, até porque atuam em ambientes ácidos.
“Por isso, oferecemos pintura especial para proteger as máquinas contra a corrosão”, explicou o diretor, comentando que as regulamentações de emissões também têm sido um desafio.
“É claro que também oferecemos máquinas padrão, mas somos altamente especializados em customizações”, acentuou.
Putzmeister Ibérica produz cerca de 150 máquinas/ano para túneis e minas subterrâneas
Outro aspecto em que a empresa se destaca é na redução das emissões, especialmente por meio da oferta de equipamentos elétricos.
Na linha de produtos para operações subterrâneas, praticamente toda a gama já é eletrificada.
“No entanto, a introdução de veículos elétricos está atrasada na mineração, o que também é lógico, tendo em vista o temor que existe em relação ao fogo e às baterias, especialmente em túneis”, ponderou Ignacio Martinez de Osaba, líder de pesquisa & desenvolvimento para tecnologia subterrânea da Putzmeister Ibérica, citando o avanço de baterias LFP (Lítio Ferro Fosfato), de grafeno e, especialmente, de sódio, que começam a ganhar espaço na infraestrutura elétrica, apesar dos desafios enfrentados em relação à densidade energética.
“Por isso, temos de oferecer uma tecnologia muito mais segura e eficiente”, refletiu Osaba.
PESQUISA

Sede da Fundación Hidrógeno Aragón conta com posto de abastecimento para veículos a hidrogênio
Iniciativa público-privada sem fins lucrativos, a Fundación Hidrógeno Aragón (FHa) está à frente de um dos movimentos tecnológicos mais inovadores da Espanha na atualidade.
Localizada no Parque Tecnológico WALQA, em Huesca, a fundação atua desde 2003 no desenvolvimento da cadeia de valor do hidrogênio no país, apoiando empresas em processo de descarbonização e na transição para um modelo mais sustentável de energia.
Com 1.200 m2 de escritórios, laboratórios e oficinas, a sede da fundação está integrada à Infraestrutura Tecnológica de Hidrogênio e Energias Renováveis (ITHER), que gere um parque eólico de 635 kW e conta com um posto de abastecimento para veículos a hidrogênio, o segundo em Aragón.
As instalações abrangem todas as áreas relacionadas às tecnologias de hidrogênio, desde a produção por meio de eletrólise até o abastecimento, tanto de veículos quanto ônibus e máquinas pesadas com células de combustível, passando pelo armazenamento e pela compressão das pilhas.
Atualmente, o banco experimental da FHa desenvolve 159 projetos com a utilização de hidrogênio como vetor energético, com investimentos estimados de 93 milhões de euros no quinquênio 2021-2025, incluindo o corredor de hidrogênio EBRO e o ecossistema industrial multissetorial GetHyGA, ambos em desenvolvimento.
No setor de máquinas pesadas, especificamente, o projeto H2MAC visa desenvolver e testar um novo conceito de trem de força elétrico com células de hidrogênio.
Com orçamento de 6,2 milhões de euros, o consórcio reúne o Instituto Tecnológico de Aragón (ITA) e a Tampere University of Applied Sciences na definição de requerimentos de sistemas, as desenvolvedoras PowerCell Group e Mann+Hummel no design e produção de componentes e as fabricantes Hidromek e ZB Group na implementação em escavadeiras e trituradores móveis, respectivamente, além da Anmopyc e da própria FHa nas demonstrações e articulação setorial.
“Até o final de 2027, a ideia é colocar uma escavadeira e um triturador movidos a hidrogênio atuando juntos durante 1.000 h, em um ambiente real de operação”, explicou Paula Barbero Gallo, gerente de inovação da FHa.
“Nesse sentido, o foco está em aumentar a eficiência desses sistemas, especialmente para maquinários pesados de construção e mineração.”
Durante a visita à fundação, um caminhão Iveco S-Way equipado com duas células de combustível da Hyundai também estava exposto no local, parte do projeto de retrofitting EH2T, em parceria com o ITA, ainda não disponível comercialmente.
“Essa é a evolução do meio energético, sair da forma tradicional para um meio mais renovável de uso da energia”, pontuou Guillermo García-Burguera, coordenador da área de consultoria e formação da FHa, citando iniciativas com geradores de energia, automóveis, veículos de transporte e estações de recarga.
Guillermo García-Burguera, da FHa: o futuro passa pelo hidrogênio
Segundo ele, a tecnologia ainda é muito cara atualmente, mas estará ao alcance de todos dentro de alguns anos. “Estamos nessa transição, e o futuro passa pelo hidrogênio”, acentuou.
Saiba mais:
Anmopyc: www.anmopyc.es
Carod: www.carod.es
Cintasa: www.cintasa.com
Fundación Hidrógeno Aragón: https://hidrogenoaragon.org/es
ICEX: www.icex.es
Llamada: https://cm-llamada.es
Olipes: www.olipes.com/eu/es
Putzmeister: www.putzmeister.com/web/european-union
Teltronic: www.teltronic.es
TGB: www.tgb-group.com
Up Lifting: www.uplifting.es

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